Aos Dirigentes

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Nesta página você dirigente vai encontrar informações preciosas retiradas do documento "Orientação à Ação Evangelizadora Espírita da Infância: Subsídios e Diretrizes" da FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA - CONSELHO FEDERATIVO NACIONAL – ÁREA DE INFÂNCIA E JUVENTUDE.

Destacamos que se trata de grifos da equipe Semeadores do que está contido neste material tão especial. Boa Leitura!

Do item 2.5. O PAPEL DO DIRIGENTE DA INSTITUIÇÃO ESPÍRITA

“Unamo-nos, que a tarefa é de todos nós. Somente a união nos proporciona forças para o cumprimento de nossos serviços, trazendo a fraternidade por lema e a humildade por garantia do êxito.”

Bezerra de Menezes (1982)


A Evangelização Espírita da Criança e do Jovem, como área integrada à organização do Centro Espírita, necessita do apoio dos dirigentes e da equipe gestora da Instituição, visando ao adequado desenvolvimento de suas ações. Espíritos como Bezerra de Menezes, Guillon Ribeiro e Francisco Thiesen, ao abordarem a relevância da Evangelização Espírita junto à criança e ao jovem, destacam o necessário envolvimento das instituições espíritas, cujos trechos de mensagens e orientações são apresentados a seguir:

Tem sido enfatizado, quanto possível, que a tarefa da Evangelização Espírita Infantojuvenil é do mais alto significado dentre as atividades desenvolvidas pelas Instituições Espíritas, na sua ampla e valiosa programação de apoio à obra educativa do homem. Não fosse a evangelização, o Espiritismo, distante de sua feição evangélica, perderia sua missão de Consolador [...].

(Bezerra de Menezes, 1982, Sublime Sementeira, FEB, 2012)

Que dirigentes e diretores, colaboradores, diretos e indiretos, prestigiem sempre mais o atendimento a crianças e jovens nos agrupamentos espíritas, seja adequando-lhes a ambiência para tal mister, adaptando ou, ainda, improvisando meios, de tal sorte que a evangelização se efetue, se desenvolva, cresça, ilumine.

(Guillon Ribeiro, 1963, ibid.)

Ao dirigente espírita cabe a tarefa de propiciar aos Evangelizadores todo o apoio necessário ao bom êxito do empreendimento espiritual. Não apenas a contribuição moral de que necessitam, mas também as condições físicas do ambiente, o entusiasmo doutrinário atraindo os pais, as crianças e os jovens, facilitando o intercâmbio entre todos os participantes e, por sua vez, envolvendo-se no trabalho que é de todos nós, desencarnados e encarnados.

(Francisco Thiesen, 1997, ibid.)

Nesse sentido, a sensibilização, presença e apoio dos dirigentes para a organização dos Espaços de Ação com a Criança no Centro Espírita garantirão a sua realização em ambiente de apoio mútuo, favorecendo-lhes não apenas a oportunidade do estudo e prática do Espiritismo, mas, igualmente, as orientações seguras de companheiros mais experientes.



Do item 2.6. A IMPORTÂNCIA DA QUALIDADE: QUALIDADE DOUTRINÁRIA, QUALIDADE RELACIONAL, QUALIDADE PEDAGÓGICA E QUALIDADE ORGANIZACIONAL

B) QUALIDADE RELACIONAL

[...]

b.2) Processos interativos e comunicativos:

“Que se armem de coragem e decisão, paciência e otimismo, esperança e fé, de modo a se auxiliarem reciprocamente, na salutar troca de experiências, engajando-se com entusiasmo crescente nas leiras de Jesus.”

Guillon Ribeiro (1963)

As ações junto à Infância nos convidam ao exercício da sensibilidade, da empatia e do respeito à singularidade. A integração da criança consigo mesmo, com o próximo e com Deus, em conformidade com os ensinamentos de Jesus e com os objetivos da Evangelização Espírita, representa rico aprendizado e condição essencial para seu processo de autoaperfeiçoamento. A construção das interações, por sua vez, se dá por inúmeros processos comunicativos, estabelecidos na dinâmica do dia a dia e no convívio da criança com seus pares, com os evangelizadores, coordenadores, dirigentes das instituições, dentre outros participantes do seu contexto familiar e social, além de fortalecer vínculos com a instituição e com o Movimento Espírita.

[...]

D) QUALIDADE ORGANIZACIONAL

“Arroteemos o terreno à nossa disposição, adubemo-lo e atiremos nele as sementes do Evangelho. Jesus fará o resto.”

Francisco Spinelli (1969)

[...]

  • A Evangelização da Criança no Centro Espírita: reflexões sobre Organização e Funcionamento

Os encontros de Evangelização Espírita referem-se aos espaços e tempos destinados ao estudo e à vivência da Doutrina Espírita no Centro Espírita, usualmente de periodicidade semanal, e representam espaço privilegiado de compartilhamento, reflexões, vivências e fortalecimento dos laços afetivos e sociais entre todos os envolvidos na ação evangelizadora. A implantação e a implementação da atividade da Evangelização nos Centros Espíritas representam ações de relevo por promover o estudo compartilhado da Doutrina Espírita de forma contextualizada com o cotidiano das crianças e jovens. A organização e o funcionamento da atividade de Evangelização nos Centros Espíritas deve considerar, como ponto de partida, as especificidades, potencialidades, necessidades e culturas locais, bem como as características das crianças, evidenciando a flexibilização e a adequação da tarefa, de forma a garantir sua dinamização e qualidade crescentes. Para a realização e o alcance dos objetivos da ação evangelizadora, faz-se necessário o engajamento e o comprometimento coletivo de todos da instituição, de forma participativa, solidária e integrada. Considerações gerais sobre faixa etária, agrupamentos, reflexões metodológicas e núcleos temáticos são apresentados a seguir, convidando a equipe de evangelizadores, coordenadores e dirigentes a uma análise das demandas e contextos da instituição espírita, de modo que a estruturação da tarefa atenda aos objetivos propostos de forma integrada às demais atividades oferecidas pelo Centro Espírita.

[...]

d.3) Estrutura Organizacional:

“A Casa Espírita, através das suas diversas atividades doutrinárias, mediúnicas, educacionais e assistenciais, compromete-se a ensinar e viver a Doutrina codificada por Allan Kardec. Tarefas essas todas grandiosas e de valor incontestável. No setor doutrinário-educacional a obra se agiganta quando dirigida às gerações novas [...].”

Joanna de Ângelis (1982)

A Instituição Espírita é uma organização, um verdadeiro organismo vivo, por reconhecer que sua potência deriva dos indivíduos que dela participam e da real capacidade de trabalharem de forma articulada e sistêmica, direta ou indiretamente, com os trabalhadores de ambos os planos da vida. A assertiva de Bezerra de Menezes12 é magna ao nos propor que:

Recordemos, na palavra de Jesus, que ‘a casa dividida rui’; todavia ninguém pode arrebentar um feixe de varas que se agregam numa união de forças. Unificação, sim. União, também. Imprescindível que nos unifiquemos no ideal espírita, mas que, acima de tudo, nos unamos como irmãos.

A perspectiva sistêmica da organização é defendida por reconhecidos pesquisadores, como é o caso de Peter Senge (2008) que, em sua visão humanista, propõe o paradigma de organizações formadas por pessoas que expandem, continuamente, a sua capacidade de criar os resultados que desejam, buscam permanentemente avançar em seus padrões de comportamento, sempre unidos por uma aspiração coletiva, num exercício contínuo de aprenderem juntas. Afirma que “as organizações só aprendem através de indivíduos que aprendem” e que “grandes equipes são organizações que aprendem, conjuntos de indivíduos que aprimoram, constantemente, sua capacidade de criar, e a verdadeira aprendizagem está intimamente relacionada com o que significa ser humano”. Por fim, conclui dizendo que “o raciocínio sistêmico está sempre nos mostrando que o todo pode ser maior que a soma das partes”. Nesse sentido, tendo como referência os postulados doutrinários e as contribuições dos pesquisadores, consideramos que a estrutura organizacional de um setor/departamento/área objetiva a organização de meios para que se alcancem os fins propostos para determinada tarefa. Assim, a tarefa junto às crianças nos Centros Espíritas, como ação vinculada à Área de Infância e Juventude, não pode prescindir de uma estrutura que favoreça seu funcionamento harmônico e integrado aos objetivos da instituição. Visto que “a especialidade da tarefa não se compraz com improvisações descabidas” (Bezerra de Menezes, 1982, Sublime Sementeira, FEB, 2012), o trabalho requer a caracterização dos aspectos que constituem a realidade local, incluindo o conhecimento do público, das condições materiais e humanas ao desenvolvimento da tarefa, bem como uma programação adequada e condizente à realidade da Instituição, podendo-se incluir, nesse sentido, dentre outras ações:

  • estruturação dos setores/coordenações de apoio/núcleos e equipes de trabalho (organograma);

  • definição de datas e horários dos encontros semanais (cronograma);

  • definição de datas e horários dos eventos relacionados ao setor de Infância e aos demais setores dos Centros Espíritas, favorecendo a integração;

  • definição de datas e horários dos encontros de preparação doutrinária e pedagógica (inicial e continuada) voltados aos evangelizadores;

  • programação temática dos encontros;

  • planejamento e avaliação das atividades desenvolvidas; organização do espaço físico e logística para os encontros; organização de rede de comunicação periódica com os participantes (interna, voltada às crianças, familiares e aos colaboradores do setor) e de divulgação e compartilhamento das ações (externa, voltada aos demais públicos e setores da instituição);

  • organização de momentos de confraternização, inclusive com a participação da família;

  • registro das atividades desenvolvidas pelo setor/departamento/área, para fins de arquivo e memória; organização de registros e autorizações dos responsáveis referentes às crianças evangelizandas;

  • integração com as diferentes áreas e/ou setores da instituição espírita.

Uma organização adequada e integrada proporciona sincronia de ações e atua como real catalisadora dos “meios” e potencializadora dos “fins”, favorecendo maior dinamismo e qualidade à tarefa. Naturalmente, a estrutura organizacional dos Centros Espíritas e da atividade de Evangelização pode variar da mais simples à mais complexa, devendo-se, contudo, garantir a oportunidade de espaços de real fraternidade e de organização e realização da tarefa, com vistas ao alcance dos seus objetivos. Dessa forma, há Centros Espíritas que possuem um Departamento de Infância e Juventude, sob a gestão de um Diretor, cujo Setor de Infância é integrado por um coordenador, por uma equipe de evangelizadores e por núcleos de apoio, como música, secretaria, integração, material didático, assessoramento pedagógico-doutrinário, família, dentre outros que oferecem suporte à realização da tarefa. Há outros Centros que se estruturam com um coordenador e evangelizadores, e outros, ainda, com apenas com um coordenador, dependendo das possibilidades de recursos humanos e físicos da instituição.

Destaca-se, contudo, que a variação das estruturas organizacionais não deve representar variação na qualidade da tarefa de evangelização nos Centros Espíritas, garantindo-se momentos de real estudo e vivência da Doutrina Espírita, em um ambiente acolhedor e fraterno. Para tanto, a sensibilização dos dirigentes quanto à relevância da ação evangelizadora junto à criança faz-se fundamental para a adequada compreensão da tarefa e apoio à sua realização, conforme nos aponta Francisco Thiesen (1996, Sublime Sementeira, FEB, 2012):

Compreendendo que a tarefa da Evangelização espírita-cristã é de primacial importância, o dirigente da Casa Espírita se sentirá envolvido com o labor nobilitante, dispondo-se a brindar toda a cooperação necessária ao êxito do mesmo, o que implica resultado positivo de sua administração, que não descuida dos tarefeiros do porvir [...].

*12 Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 20-4-75, na sessão pública da Federação Espírita Brasileira, Seção - Brasília, DF. Publicada na Revista Reformador – Fevereiro de 1976

[...]

d.5) Planejamento, acompanhamento e avaliação:

“[...] a especialidade da tarefa não se compraz com improvisações descabidas, [...] razão pela qual os servidores integrados na evangelização devem buscar, continuamente, a atualização de conteúdos e procedimentos didático-pedagógicos, visando a um melhor rendimento, em face da economia da vida na trajetória da existência, considerando-se que, de fato, os tempos são chegados...”

(Bezerra de Menezes, 1982)

Momentos de estudo e planejamento são essenciais para a qualidade da prática evangelizadora. Planejar constitui uma ação estratégica de programação e previsão de ações que podem ser desenvolvidas para o alcance de determinados objetivos. A eficiência de um planejamento nos Espaços de estudo doutrinário e vivência do evangelho voltados à Infância está diretamente relacionada à sua organização, que deve contemplar importantes elementos em sua construção. Nesse sentido, e a título de contribuição, o planejamento de qualquer ação para a Infância deve:

  • ter como finalidade e base o estudo da Doutrina Espírita e a vivência do Evangelho de Jesus;

  • ser construído com foco na criança, público-alvo da ação, em sua relação com o próximo, valendo-se das potencialidades do evangelizador, na condição de mediador;

  • considerar as demandas, interesses, potencialidades, necessidades e talentos das crianças que participam das atividades no Centro Espírita, de forma a promover momentos ativos de estudo e trabalho no bem;

  • ser organizado com foco nos objetivos da ação (o que alcançar/elemento norteador da ação), de onde derivam as formas para alcançá-los (elemento estratégico e metodológico da ação);

  • considerar a realidade de recursos humanos e físicos para sua efetivação;

  • apresentar coerência entre os objetivos, conteúdos, metodologia e forma de avaliação das atividades; conciliar e adequar os objetivos aos conteúdos; os métodos aos recursos;

  • as atividades à gestão do tempo;

  • apresentar flexibilidade em sua realização, considerando possíveis variáveis que venham a interferir no processo.

Visando promover às crianças momentos atrativos e alinhados aos objetivos da tarefa assumida de forma não improvisada, sugere-se que reuniões periódicas de planejamento entre evangelizadores sejam programadas nas instituições espíritas, oportunizando a adequada organização dos encontros e eventos futuros, bem como de avaliação das ações já realizadas. Esses espaços de preparação, de periodicidade semanal, quinzenal ou mensal, representam momentos especiais de compartilhamento de experiências exitosas, desafios e dificuldades, propiciando a construção coletiva de ações e soluções, bem como o fortalecimento dos laços entre os trabalhadores, garantindo a melhoria permanente do trabalho. Tais espaços de planejamento subsidiam-se, ainda, na avaliação periódica da tarefa, nas percepções dos evangelizadores e nas falas e engajamento das próprias crianças durante os encontros de evangelização, cujas sinalizações podem auxiliar no direcionamento das ações. Ações como visita a outros grupos de Evangelização no próprio Centro Espírita ou em outras instituições, além de promover a integração, tendem a favorecer o conhecimento de outras experiências e a criar oportunidades de ação colaborativa entre evangelizadores/coordenadores, fortalecendo e enriquecendo as práticas a serem planejadas. No que se refere ao planejamento dos encontros regulares de Evangelização junto às crianças, alguns passos, a seguir apresentados, mostram-se importantes e podem auxiliar os evangelizadores na condução das ações evangelizadoras:

Dentre os benefícios do planejamento, destacamos:

  • contribui para o alcance dos objetivos propostos;

  • permite tomar decisões refletidas e fundamentadas;

  • favorece um maior conhecimento dos participantes;

  • evita a repetição e a improvisação;

  • favorece a organização do tempo e do espaço;

  • garante maior eficiência e segurança na condução das mediações;

  • garante economia de tempo e energia.

Ressalta-se, contudo, conforme anteriormente abordado, que planejar implica considerar a flexibilidade de sua execução, não representando engessamento, tampouco rigidez metodológica, mas sim, roteiro que favoreça segurança e encadeamento de ideias e ações, de forma aberta e flexível às variáveis e contextos. O processo avaliativo integra, sob tal ótica, o continuum das ações de planejamento, constituindo, ao mesmo tempo, finalização de uma ação executada e ponto de partida para as ações futuras. Destaca-se seu caráter diagnóstico e formativo por considerar o processo educativo contínuo, com vistas a reorientações permanentes, representando suporte ao planejamento e à execução das atividades. Nesse sentido, compreende-se que todos os integrantes da tarefa, sejam as crianças, evangelizadores, coordenadores, dirigentes e familiares, beneficiam-se com os resultados avaliativos das ações desenvolvidas na instituição espírita, visto que redundarão no permanente aprimoramento das atividades oferecidas.

[...]

Do item 2.7. Espaços de Ação com a Criança

[...]


F) ESPAÇOS DE INTEGRAÇÃO DA CRIANÇA NAS ATIVIDADES DO CENTRO E DO MOVIMENTO ESPÍRITAS

[...] a expansão do Movimento Espírita no Brasil, em número e em qualidade, está assentada na participação da criança e do jovem, naturais continuadores da causa e do ideal.

Bezerra de Menezes (1982)

Como escola da alma em sua relevante atribuição educativa, o Centro Espírita é mais um espaço de ação com a criança. Proporcionar o acolhimento à criança e à família de forma fraterna e alegre, é zelar pela construção de um vínculo afetuoso com a instituição de modo abrangente, e com as diferentes áreas e atividades que nela se realizam.

A compreensão acerca do amplo sentido da evangelização da infância facilita sobremaneira o apoio dos dirigentes e demais trabalhadores, possibilitando que o trabalho com a criança seja valorizado e legitimado como base de transformação moral da Humanidade. A organização de espaços interativos, lúdicos e afetivos, apropriados à criança tende a favorecer o seu bem-estar no Centro Espírita, estimulando o sentimento de pertencimento à instituição e ao grupo. Para além dos espaços específicos, a participação das crianças em alguns eventos e comemorações, abrindo espaços para sua atuação em convívio saudável com os demais trabalhadores e atividades, mostra-se válida e importante, favorecendo a integração entre todos os que participam da instituição. Sobre tal integração, tem-se observado, ainda, com relativa frequência, crianças que já desejam integrar-se e engajar-se como colaborador voluntário em algumas atividades desenvolvidas no Centro Espírita, podendo-se oferecer espaços de colaboração, desde que com a autorização dos pais/responsáveis e mediante o contínuo acompanhamento e orientação. Em âmbito maior, o Movimento Espírita também se inclui neste espaço, pois permite a visão ampliada do Centro Espírita, em integração com demais Casas Espíritas. Possibilitar encontros e confraternizações com as crianças e seus familiares em intercâmbio com outras instituições espíritas, bem como disponibilizar espaços de atividades com elas em Congressos e Eventos Espíritas, visando à integração de públicos diversos em ambiente de estudo e aprimoramento, é fortalecer e legitimar a perspectiva de se oferecer o estudo, a prática e difusão da Doutrina Espírita a todos, indistintamente, proporcionando o encontro e a convivência intergeracional nas ações promovidas pelo Movimento Espírita.

[...]

Da PARTE II - DIRETRIZES À AÇÃO EVANGELIZADORA ESPÍRITA DA INFÂNCIA

[...]

2.2. DIRETRIZES NACIONAIS PARA AS AÇÕES EVANGELIZADORAS DA INFÂNCIA

Apresentam-se como Diretrizes Nacionais para as Ações Evangelizadoras da Infância:

Diretriz 1: Dinamização da Evangelização Espírita da Infância

Diretriz 2: Formação de Trabalhadores da Evangelização Espírita da Infância

Diretriz 3: Organização e Funcionamento da Evangelização Espírita da Infância no Centro Espírita

Diretriz 4: Dinamização das Ações Federativas voltadas à Evangelização da Infância

As Diretrizes apresentadas contemplam fundamentação doutrinária, objetivos/finalidades e estratégias, cujas propostas representam possibilidades de ação, dentre várias que podem se mostrar viáveis ao longo do desenvolvimento da tarefa, em âmbito federativo ou no Centro Espírita, considerando-se as características, interesses e necessidades locais.

DIRETRIZ 1: Dinamização da Evangelização Espírita da Infância

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Estratégias:

1.4. Estabelecer ações continuadas de sensibilização aos dirigentes dos Centros Espíritas, evangelizadores, famílias e sociedade em geral quanto à importância da Evangelização Espírita da Infância.

[...]

DIRETRIZ 3: Organização e Funcionamento da Evangelização da Infância no Centro Espírita

Fundamentação:

[...]

  • “Por outro lado, não podemos desconsiderar a importância do acolhimento e do interesse, do estímulo e do entusiasmo que devem nortear os núcleos espiritistas diante da evangelização. Que dirigentes e diretores, colaboradores, diretos e indiretos, prestigiem sempre mais o atendimento a crianças e jovens nos agrupamentos espíritas, seja adequando-lhes a ambiência para tal mister, adaptando ou, ainda, improvisando meios, de tal sorte que a evangelização se efetue, se desenvolva, cresça, ilumine...” (Guillon Ribeiro, 1963).

  • “Ao dirigente espírita cabe a tarefa de propiciar aos Evangelizadores todo o apoio necessário ao bom êxito do empreendimento espiritual. Não apenas a contribuição moral de que necessitam, mas também as condições físicas do ambiente, o entusiasmo doutrinário atraindo os pais, as crianças e os jovens, facilitando o intercâmbio entre todos os participantes e, por sua vez, envolvendo-se no trabalho que é de todos nós, desencarnados e encarnados. Compreendendo que a tarefa da Evangelização espírita-cristã é de primacial importância, o dirigente da Casa Espírita se sentirá envolvido com o labor nobilitante, dispondo-se a brindar toda a cooperação necessária ao êxito do mesmo, o que implica em resultado positivo da sua administração, que não descuida dos tarefeiros do porvir, já que a desencarnação a todos espreita, e particularmente aos que seguem à frente com a faixa etária mais avançada.” (Francisco Thiesen, 1997).

Objetivo Geral:

Promover e estimular a implantação, a implementação e a integração da Evangelização Espírita da Infância no conjunto de atividades dos Centros Espíritas, proporcionando apoio à sua organização e funcionamento.

Finalidade:

Sensibilizar os dirigentes e trabalhadores dos Centros Espíritas quanto à ação integrada da evangelização às demais atividades da instituição, oferecendo orientações que possam auxiliar sua organização e funcionamento nos aspectos doutrinários, organizacionais, pedagógicos e relacionais, respeitando-se as possibilidades, culturas e necessidades locais.

[...]

DIRETRIZ 4: Dinamização das Ações Federativas voltadas à Evangelização da Infância

Fundamentação:

  • “É necessário que sejam mobilizados todos os recursos disponíveis, a fim de que a Campanha prossiga no seu rumo iluminativo, abrindo novas portas e mantendo aqueles que facultam o trabalho, que está em fase de crescimento e tem por meta melhorar a qualidade do ensino-cristão às gerações novas. Estimulando os evangelizadores, os pais e os dirigentes espíritas para que se mantenham engajados no projeto da Campanha, conseguiremos atingir os objetivos mediatos que nos estão reservados. O nosso é um trabalho que não cessará, porquanto estaremos sempre apresentando propostas novas e adequadas a cada época, sem fugirmos às bases do programa estabelecido, que são os pensamentos de Jesus e da Codificação, conforme no-la ofereceu Allan Kardec.” (Francisco Thiesen, 1997).

[...]

3. DINAMIZANDO AÇÕES: PÚBLICOS ENVOLVIDOS

O presente documento, ao oferecer subsídios e diretrizes à ação evangelizadora espírita da infância, aponta caminhos significativos ao fortalecimento da tarefa e apresenta possibilidades de ações estratégicas que, operacionalizadas mediante as singularidades e contextos locais, tendem a favorecer o êxito da ação evangelizadora em âmbito nacional. As breves ações ora descritas constituem estratégias consonantes às diretrizes anteriormente expostas, organizadas e subdivididas aos diferentes públicos que integram o processo, a saber:

Múltiplas ações poderão ser inseridas nos tópicos referenciados, ampliando-se as possibilidades de atuação mediante os interesses e as disponibilidades e locais.

[...]

3.2. ALGUMAS AÇÕES JUNTO AOS DIRIGENTES

  • Sensibilizar os dirigentes para a importância de se implementarem e ofertarem encontros semanais de Evangelização Espírita da Infância voltados ao estudo e vivência da Doutrina Espírita e à confraternização, bem como para apoiar a equipe de trabalhadores do Centro Espírita em suas necessidades.

  • Sensibilizar os dirigentes para estimular a participação das crianças e suas famílias nas atividades do Centro Espírita, favorecendo sua integração.

  • Desenvolver ações federativas para sensibilização de dirigentes, aproveitando-se, quando possível, da organização federativa existente no próprio Estado por meio dos Conselhos/Comissões Regionais.

  • Sensibilizar os dirigentes para viabilizar a participação das crianças em eventos nas instâncias do Centro e do Movimento Espíritas.

  • Planejar, junto aos dirigentes e demais setores da instituição, formas de sustentabilidade financeira para o desenvolvimento das ações previstas.

  • [...]

VEJA TAMBÉM...


ORIENTAÇÃO AO CENTRO ESPÍRITA



O documento Orientação ao Centro Espírita (OCE) objetiva oferecer aos Centros Espíritas relevantes subsídios para o desenvolvimento das atividades voltadas ao estudo, à prática e divulgação da Doutrina Espírita. Nesse campo estão disponibilizados documentos referenciados no OCE que poderão ser úteis para o pleno desenvolvimento das atividades.